A principal característica da Miastenia gravis é a fraqueza muscular decorrente de distúrbios nos receptores de acetilcolina localizados na placa existente entre os nervos e os músculos.

Isso interfere na transmissão do impulso nervoso e provoca o enfraquecimento dos músculos estriados esqueléticos.
Há duas formas de miastenia: a autoimune, ou adquirida, e a congênita. Na autoimune, a resposta imunológica se volta contra os componentes da placa motora responsável pela transmissão do estímulo nervoso que faz o músculo contrair. Na congênita, os anticorpos produzidos pela mãe passam pela placenta e atingem o feto.
A doença pode manifestar-se em qualquer idade, mas acomete mais as mulheres do que os homens, entre 20 e 35 anos. Depois dos 60 anos, essa relação se inverte.
Os sintomas são:
Dificuldade para mastigar e engolir;
Fadiga extrema;
Fraqueza muscular;
Falta de ar;
Voz anasalada;
Pálpebras caídas (ptose palpebral);
Visão dupla (diplopia).
Em geral, os sintomas variam de intensidade no decorrer de um mesmo dia e pioram com esforço físico, agitação, infecções e altas temperaturas.
O diagnóstico clínico de miastenia gravis se dá a partir do histórico de vida do paciente sendo complementado pelo exame de eletroneuromiografia com estimulação nervosa repetitiva e pela dosagem dos anticorpos contra os receptores da acetilcolina.
Ainda não existe cura para a miastenia gravis, mas existem medicamentos que favorecem a permanência da acetilcolina na junção neuromuscular e outros que reduzem a produção de anticorpos contra os receptores da acetilcolina.
Em caso de dúvidas procure um dos nossos especialistas!
Dr. Alessandro Finkelsztejn
Neuro-Oftalmologista da Neuroclínicas
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