O Déficit de Atenção (TDA) deriva de um mau funcionamento neurobiológico (da bioquímica do cérebro).

O dado mais informativo é que há uma alteração metabólica principalmente nas regiões pré-frontal e pré-motora do cérebro. Como a região frontal é a principal reguladora do comportamento humano, falhas na bioquímica desta região levariam às alterações encontradas no TDA (impulsos e inquietação). Devemos destacar ainda que há forte histórico familiar neste transtorno (carga genética), uma vez que é comum que várias pessoas da mesma família sejam acometidas pelo problema.
Os sintomas podem se manifestar no início da infância, no entanto o diagnóstico pode ficar mais evidente a partir do momento que a criança vai para a escola, pois pode apresentar dificuldade em prestar atenção à aula, responder as questões sem terminar de ler e não conseguir se organizar.
Até pouco tempo atrás, achava-se que este transtorno ocorria apenas na infância, e que no decorrer da adolescência tenderia a desaparecer espontaneamente. Hoje, no entanto, sabemos que apenas 1/3 da população com o TDA a supera na adolescência e 2/3 conviverão com o transtorno por toda a vida.
Alguns sinais de alerta para o TDA em adulto são:
• Dificuldades em organizar as tarefas diárias;
• Tendência a ser desorganizado e a perder objetos;
• Irritação com tarefas repetitivas ou monótonas;
• Preferência por ambientes agitados;
• Numa conversa, começa a falar antes do fim de uma pergunta ou de uma resposta;
• Distração e “sonhos acordados” constantes, principalmente quando está lendo ou ouvindo por obrigação;
• Períodos de sonolência durante o dia;
• Falhas de memória;
• Comportamento impulsivo. Falar e agir sem medir consequências;
• Alterações rápidas de humor;
• Em alguns casos, envolvimento com drogas (álcool, cocaína e maconha).
Por isso, é essencial se consultar com um neurologista, para que o diagnóstico e tratamento sejam feitos cedo, evitando problemas futuros.
Dr. Alessandro Finkelsztejn
Neuro-Oftalmologista da Neuroclínicas
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